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1.ª
Percurso
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Um dos desafios atuais do Ensino Superior (ES) é dar resposta às necessidades de uma diversidade de estudantes, tendo em consideração as suas características individuais e cognitivas. Os avanços nas neurociências têm contribuído para uma compreensão mais aprofundada sobre as diferenças individuais face à aprendizagem. Tem-se vindo a reconhecer que vários/as estudantes universitários (e não apenas estudantes com deficiência) enfrentam barreiras que interferem na sua capacidade de alcançar os resultados de aprendizagem. Quando os planos das unidades curriculares e das aulas são concebidos em torno da ideia do “tamanho único”, i.e., do mítico estudante “médio”, julgando-se que a maioria das pessoas aprende da mesma forma, não abordam a variabilidade do corpo discente universitário. No entanto, a variabilidade é a norma (não a exceção) em todos os ambientes de aprendizagem. Urge, assim, refletir sobre a variabilidade, a fim de se promover práticas centradas nos/as estudantes. Porém, a forma de traduzir esta ideia nos aspetos práticos do processo de ensino e aprendizagem nem sempre é clara ou simples, o que tem levado a variados questionamentos, incluindo:

  • Como projetar experiências de aprendizagem para que sejam significativas e desafiadoras para todos/as os/as estudantes?
  • Como planear uma aula de modo a promover a aprendizagem e o progresso a um conjunto diverso de estudantes? Como dar resposta à diversidade das necessidades dos/as estudantes, sem comprometer os padrões da unidade curricular?

O Universal Design for Learning (UDL) está a ser utilizado no ES como um meio de abordar uma população estudantil cada vez mais diversificada e pode ajudar a esclarecer questões como as supracitadas. A estrutura do UDL apresenta um conjunto de princípios e diretrizes que permitem ao corpo docente refletir sobre as práticas pedagógicas, bem como orientar o seu planeamento com a incorporação de opções flexíveis para todos/as os/as estudantes. Esta estrutura foi desenvolvida com base em evidências provenientes de investigações (e.g., neurociências) e encontra-se em constante evolução. A literatura científica evidencia que as práticas com base no UDL demonstram ter um impacto positivo tanto no corpo docente, como nos resultados de aprendizagem do corpo discente universitário. Com este workshop científico visa-se ampliar o conhecimento e a compreensão sobre o Universal Design for Learning no ES e, ainda, expor exemplos de como o corpo docente tem incorporado o UDL nas suas práticas.